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12 de fev. de 2013

Friendzone: Uma tragédia social?


Já começo respondendo a pergunta do título: Não!

Bem-me-quer/Mal-me-quer... Nem um nem outro, pra ser mais exato...

INTRODUÇÃO (I):


Não é novidade para ninguém que vivemos numa sociedade em que o relacionamento amoroso tradicional tenta, sem muito sucesso, se manter hegemônico. Seus elementos são curiosamente simples: Pai, mãe e filhos (as), sendo que os últimos estão fadados a se tornar o primeiro ou o segundo, conforme o sexo, o qual deve ser imutável, não variando em genética, gênero e orientação.

Ou seja, se nasceu com cromossomos XY, está determinado que (1) será um homem pelo resto da vida e (2) se interessará sexualmente por mulheres pelo resto da vida. Do outro lado da moeda temos as pessoas que nascem com duplo cromossomo X, as quais (1') serão mulheres pelo resto da vida e (2') se interessarão por homens pelo resto da vida... De preferência um só.

Tão velha quanto a própria humanidade é o hábito de separar internamente os seres por suas características. Os métodos mais antigos são a divisão por cor da pele, aparência física e sexo, justamente por sua facilidade em serem percebidos visualmente. Cada um desses métodos é independente e, consequentemente, cumulativos, sendo possível que alguém seja caracterizado com base em todos eles. A sociedade ocidental, fortemente influenciada pelas culturas grega e romana, nunca chegou a ter um sistema de castas propriamente dito, mas em alguns momentos chegou perto.

No que diz respeito a sexo e sexualidade, pouca coisa se alterou no decorrer dos séculos milênios.